Viviane Favery - Montain Bike: Cross Country; Executiva torna-se top 4 do ciclismo de montanha do Br

MTB/MARATONA

Viviane Favery é um bom exemplo da mulher moderna e bem sucedida, mas não apenas no escritório. Além se ser gerente de marketing de uma grande empresa de pneus é apaixonada por esportes de aventura e uma grande atleta. Em 2012, Vivi decidiu investir em uma de suas paixões, o ciclismo.

Sua jornada dupla de executiva e atleta é intensa, mas está valendo a pena: Vivi agora é uma atleta profissional e o resultado da sua dedicação ao Esporte é o 4º lugar no Campeonato Brasileiro de Cross Country, principal disciplina entre as modalidades do MTB, e presente nos Jogos Olímpicos desde 1996. Esse resultado faz dela uma das melhores atletas do Brasil.

"Para conciliar os treinos, as competições e o trabalho, tem que ser na marra. É difícil! Sempre brinco falando que o trabalho me atrapalha, mas é o que dá pra fazer. Em 2013 entendi que infelizmente é complicado viver do ciclismo no Brasil. Decidi então seguir minha carreira profissional como publicitária e tentar levar as duas ‘profissões’ simultaneamente", conta Viviane. Vamos conhecer um pouco mais sobre ela?

RAIO X

NOME

Viviane Favery Costa

MODALIDADES

MTB XCM - Mountain Bike Cross Country Maratona (e ultramaratonas) atleta da Specialized Factory Team

ESPECIALIDADES

Ultramaratonas (provas longas, com mais de 3 dias)

IDADE

29 anos

PESO

51,5 kg

ALTURA

1,63

(Viviane Faveri. Foto: divulgação, cedida pela mesma)

• Quando começou a praticar esportes?

Sempre pratiquei esportes na escola, mas somente em 2009 que comecei a treinar corrida com assessoria esportiva e em 2012 migrei pro Mountain Bike.

• Como conheceu o ciclismo?

Através da corrida de aventura, que comecei a fazer em 2011, e me apaixonai. Não entendia nada do esporte, mal sabia trocar as marchas da bike - mas justamente isso que me fazia querer aprender. Me espelhava nos atletas que ganhavam as provas de aventura que eu fazia, queria ser como eles.

• Quantas horas de treinos diários e quantos dias por semana?

Entre 10 e 15 horas semanais em cima da bike, mais 3 horas de academia em média. Geralmente tenho 1 dia de descanso na semana, então são seis dias de treino.

• Onde costuma treinar?

Em São Paulo tenho poucas opções, ou na ciclovia da Marginal Pinheiros ou na USP, sempre de madrugada. Aos finais de semana vou para a região da Serra da Mantiqueira, destino perfeito para a prática de esportes de aventura.

• Como você conheceu o ciclismo em montanhas e quando começou a praticá-lo?

Conheci através da corrida de aventura, em 2011 e me apaixonei pela modalidade. Achei muito difícil e fiquei intrigada, quis aprender a dominar a bike, superar os obstáculos.

• Você tem ídolos nos quais se inspira?

Tenho várias pessoas que são referências, mas principalmente a americana Rebecca Rusch.

• A partir de que momento da sua jornada como ciclista você ganhou reconhecimento?

O grande reconhecimento veio com a vitória no Brasileiro de MTB Cross Country Maratona em 2015.

• Quantas competições você já participou e quantos países já visitou durante sua carreira?

Já visitei 10 países para competir e/ou fazer expedições de aventura/Bike: Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Costa Rica, EUA, Africa do Sul, Espanha, França e, logico, Brasil. Foram mais de 8 ultramaratonas, e já perdi a conta de quantas competições ao todo. Só esse ano já foram mais de 1.145 km em 11 provas, e ainda falta pelo menos mais 600km nos 7 dias de Brasil Ride na Chapada Diamantina em outubro.

• Como atleta você já participou de diversas competições, qual foi a mais marcante para você?

Leadville Trail 100 MTB no Colorado, EUA, que fiz dia 15/08/2015. Motivo: distância (100 milhas, quase 170km) e altitude (a prova acontece a mais de 3.000 metros de altitude). E o Brasileiro de MTB Marathon 2015 em Picos no Piauí. Motivo: ser a prova mais importante como atleta profissional, pelo calor, pela disputa com a segunda colocada e pelo cansaço acumulado das viagens.

• Já sofreu algum acidente ou se lesionou durante alguma?

Já quebrei a mão esquerda e tive que ser operada em um acidente bobo e já caí de cabeça em alta velocidade e perdi a memória por um instante. Foi assustador.

• Qual foi seu maior desafio até hoje?

Eu diria que chegar até onde eu cheguei até agora, mantendo a vida profissional, tem sido o maior desafio de todos. Equilibrar a rotina entre profissional e atleta, conseguir manter a produtividade no trabalho e me recuperar fisicamente do esforço físico de uma prova. Isso é sem dúvida o maior desafio de todos.

• Quais são as suas metas? Já alcançou algumas delas?

Minha meta como atleta é descobrir até onde eu posso chegar, e estou muito feliz com as descobertas. Sinto que estou apenas no começo, que tenho muito o que evoluir, penso em médio-longo prazo. Estou muito motivada em seguir nessa busca. Os resultados são consequência dela, e endossam a importância de seguir esse impulso tão forte que brota de dentro de mim. Não consigo explicar muito bem de onde vem tanta força de vontade.

• Qual é seu maior sonho?

Ser campeã mundial. Temos atletas com mais de 40 anos no topo do ciclismo mundial, isso me faz pensar que tenho tempo para conquistar esse sonho.

• O que você diria para ciclistas iniciantes que sonham em competir um dia? Por onde começar?

Que comecem já! Não dependemos de ninguém a não ser de nós mesmos para fazer nossos sonhos se realizarem. Não fique esperando, vá atrás, supere, busque, se esforce, ganhe força, tenha força, se exercite, enfim, trabalhe duro!!! Comece por buscar referencias. Ter uma boa referencia é fundamental. Busque uma referencia, uma pessoa com quem se identifica, que segue bons princípios, que te motiva. Leia sobre ela, acompanhe, se inspire. Busque saber como ela fez, como superou seus próprios desafios. Todo ídolo é ser humano e passou por dificuldades para chegar ao topo também.

(Viviane na Mountain Bike. Foto: divulgação, cedida pela mesma)

(Fonte: Viviane Faveri, ciclista de MTB profissional)